Governo prevê investir R$ 1,2 trilhão em energia até 2023. Petróleo terá R$ 879 bi.

Conta de luz de 2,6 milhões de clientes da Celg, em Goiás, ficará 21,64% mais cara

POR DANILO FARIELLO 10/09/2014 7:00 / ATUALIZADO 10/09/2014 7:39

BRASÍLIA - O Ministério de Minas e Energia (MME) divulgou ontem o Plano Decenal de Energia (PDE) até 2023, que prevê investimentos de R$ 1,263 trilhão no período. A maior parte será para a área de petróleo e gás, com R$ 879 bilhões. O PDE prevê a manutenção da distribuição da matriz energética entre energia renováveis e não renováveis. Atualmente, 42,1% da matriz energética é de fontes renováveis (hidráulica, eólica, etanol etc.) e 57,9% de não renováveis. Embora a parcela de energia suja caia até 2018, chegando a 57,2%, o governo prevê uma retomada dessas fontes não renováveis até 2023, com participação de 57,5% naquele ano.

“A principal diretriz deste plano foi a priorização da participação dessas fontes renováveis para atender ao crescimento do consumo de energia elétrica no horizonte decenal, compatibilizando esta participação com o atendimento à carga de forma segura e tendo em vista o compromisso brasileiro de manter seu crescimento econômico apoiado em uma matriz energética limpa", destaca nota do MME.

O plano prevê que, até 2023, o volume de energia consumida no país chegará a 426 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (tep), o que implica um crescimento médio anual de consumo de 3,7% até lá. Pela projeção, a oferta de energia elétrica aumentará 4,4% no período.

A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou ontem um reajuste tarifário de 21,64% para os clientes domésticos da distribuidora Celg, de Goiás, que tem 2,6 milhões de consumidores. Os novos valores serão aplicados a partir do dia 12. A Celg foi recentemente incorporada pela Eletrobras, que deverá promover um forte programa de investimentos para melhorar os índices de qualidade da companhia.

FONTE: O GLOBO

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