Frente celebra 5 anos de Campanha Energia para Vida com plenária nacional

Foto: Arquivo Frente.

A Frente por uma Nova Política Energética para o Brasil realizou em Brasília nos últimos dias 08 a 10 de outubro a plenária “5 anos de Campanha Energia para a Vida”, na qual foi feita uma memória e celebração dos 5 anos da referida campanha, que foi lançada em agosto de 2014 no Fórum Social Temático “Energia: para quê? Para quem? Como?”.

Após um breve resgate da ideia, dos passos e da realização do FST Energia em 2014, a memória foi feita de forma coletiva pelas organizações presentes na tarde do dia 08 a partir de algumas temáticas abordadas pela Campanha, constituindo então um painel de várias iniciativas desenvolvidas desde então.

Foto: Arquivo Frente.

No segundo dia de plenária foram discutidos os desafios que a realidade apresenta para a luta por uma nova política energética, momento em que foram postos em debate a crise climática global, a resistência ao aumento da exploração de petróleo e gás natural (em especial em áreas sensíveis ambientalmente) e questões urgentes no âmbito do setor elétrico, como a retomada da construção de Angra 3 e possível construção de mais seis plantas nucleares no país e a revisão das regras da mini e microgeração distribuída, o que pode significar um retrocesso à expansão da geração de energia solar pelas pessoas no país.

Para a coordenadora da Sociedade Angrense de Proteção Ecológica (SAPE), Maria Clara Sevalho, “A Frente possui a importância de formar ativistas que precisam apresentar de forma mais qualificada que é possível e realista a substituição das fontes sujas, como a nuclear, pelas renováveis, além de oferecer um espaço frutífero de trocas entre projetos e iniciativas sobre a temática.”

A discussão em torno do movimento que as juventudes vêm realizando ao redor do mundo contra as mudanças climáticas foi uma das questões muito discutidas e segundo Ivo Polleto, assessor do Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental, este foi um dos destaques da plenária: “poder atuar em conjunto na busca de contato e abertura de diálogo e possíveis parecerias com lideranças de iniciativas de jovens, de modo especial as ligadas às mobilizações globais pelo direito de ter futuro e pelo clima”.

Foto: Arquivo Frente.

A necessidade de diálogo com as juventudes foi reforçada também pela presidente da Alternativa Terrazul, Ana Laíse, para quem “foi muito importante participar de vários debates onde a juventude esteve ganhando um forte espaço, na busca de ter os coletivos de juventude mais próximos para trocarmos experiências na temática energética”.

Após a discussão das principais linhas estratégicas para os próximos passos, a plenária acolheu e aprovou a adesão da Central de Movimentos Populares/Rondônia, do Comitê de Energias Renováveis de Porto Velho e Rondônia (CERPRO), da FerroFrente e do Movimento Xingu Vivo para Sempre como organizações membros da Frente por uma Nova Política Energética para o Brasil.

Para o campaigner de Clima e Energia do Greenpeace, Marcelo Lima, “A plenária da Frente este ano trouxe, além de um espaço valioso de troca de experiências (que se multiplicam a cada ano), a certeza de que apenas trabalhando em rede, com vontade e muita força, será possível lutar por um país justo em termos energéticos.” E Lima finaliza enviando um claro recado ao governo: “Vai ter luta! Por um futuro limpo e renovável para todos”.

Confira abaixo e divulgue a carta pública aprovada ao final da plenária.

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