Documentário mostra Altamira na atualidade, impactada pela represa, e as mentiras do governo e empreiteiras.
Por: Giovanny Vera

O documentário gerou maior coesão entre as lideranças participantes do evento em Brasília.
Foto de Giovanny Vera/OPAN
Brasília (DF) - Foi lançado nesta semana em Brasília o documentário Belo Monte: Depois da Inundação, que apresenta a situação atual da cidade de Altamira após a construção da hidrelétrica no rio Xingu, com testemunhos de atingidos pelas falsas promessas do governo federal e empreiteiras.

Foto de Giovanny Vera/OPAN

O procurador Felício Pontes afirmou ter conhecimento da existência de 40 grandes projetos hidrelétricos previstos para a Amazônia nos próximos 20 anos. Foto: Giovanny Vera/OPAN
O documentário atingiu outro objetivo, que é mostrar o que aconteceu e continua acontecendo em Altamira, alertando dos perigos da implementação de novas hidrelétricas na Amazônia, quando existem 40 grandes projetos previstos para a Amazônia nos próximos 20 anos, segundo o procurador do MPF.
Mas também gerou solidariedade e esperança às lideranças presentes no evento. “O mundo não acaba aqui, o mundo ainda está em pé”, acredita Raimunda Silva, conhecida como Maria da Ilha, atingida por Belo Monte. “A gente nunca deve desistir. Somos fracos, mas não vamos desistir. Nós sobrevivemos uma guerra, humilhados, chamados de mentirosos, mas somos verdadeiros; mentirosos são eles (governo federal e empreiteiras) que chegaram nos mentindo”.

O vídeo causou emoção nos assistentes pela duríssima realidade mostrada dos impactos da barragem. Foto: Giovanny Vera/OPAN
Finalmente, as palavras de Cândido Waro Munduruku resumem o posicionamento geral dos povos na região: “Não vamos deixar o governo fazer mais empreendimentos na bacia amazônica. Nem uma barragem a mais na Amazônia”, sentenciou.
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